Minha mãezinha sempre dizia: "Quando um não qué, dois não briga!"... Assim mesmo, com o "qué" e "briga" acaipirado, falado daquele jeitão charmoso do interior de São Paulo. Tudo foi lindo, meu passado, seus conselhos. Mas eu acho que só foi isso, lindo. Não foi nada proveitoso, nem prático. Pois eu nunca consegui me desviar assim de uma briga, ficar no "num qué". Por mais que eu não queira, algo me impulsiona para isso. Minha mente vem com um vermezinho chato, aquele diabinho dos desenhos animados, que surge no ombro esquerdo do protagonista e fica tentando-o, o próprio personagem em forma diminuída, com rabo, chifre e tridente. O revide. Estou tentando, eu juro. Mas é difícil. Não pretendo ser um Dalai Lama ou um Ghandi. Mas posso ter um pouquinho deles, aprendendo com seus pensamentos ecoados por todo o sempre, e conseguir realizar o desejo de não revidar mais.
É. Eu chego lá.
Da mesma forma, na mesma vertente, vem o outro lado da história. "Se um dos dois não quer, os dois não ficam".
É isso que está ascendendo em minha mente, que está surgindo em minhas reflexões. Talvez ela não queira mesmo. Talvez ela não esteja a fim mesmo. E não tenha a devida coragem de fazer algo desse tipo. Talvez eu não mereça isso. Talvez ela queira, mas tem que ser do jeito dela, e isso eu não quero. Não precisa ser do meu jeito, mas vamos equilibrar os pesos e as medidas.
O que vou fazer? Casar ou comprar uma escada está fora de questão. Pois casar não é o final, e sim o contrário do tal. Comprar uma escada, até que estou precisando, mas se não comprar não vai fazer diferença nenhuma também.
Em todo caso, vou aguardar mais um pouquinho. Só um pouquinho, pois minha paciência está acabando.